Cor/po/
cri/va/do/ de/ san/gren/tas cha/gas, (A)
Que/
a/tra/ves/sas/ o/ mun/do/ so/lu/çan/do, (B)
Que/
as/ car/nes/ vais/ fe/rin/do e/ vais/ ras/gan/do (B)
Do/
fun/do/ d’I/lu/sões/ ve/lhas/ e/ va/gas; (A)
Grande
isolado das terrestres plagas, (A)
Que
vives as Esferas contemplando, (B)
Braços
erguidos, olhar no ar, olhando (B)
A
etérea chama das Conquistas magas; (A)
Se é de
silêncio e sombra passageira, (C)
De
cinza, desengano e de poeira (C)
Este
mundo feroz que te condena; (D)
Embora
ansiosamente, amargamente (E)
Revela
tudo o que tu’alma sente, (E)
Para
ela então poder ficar serena! (D)
Vocabulário:
Crivado: perfurado; atravessado
Chagas
- do verbo chagar: molestar;
torturar
Vagas -
do verbo vagar: andar sem rumo; andar à esmo
Isolado: só; solitário
Plagas: países; regiões
Esfera: corpo redondo cujos pontos superficiais
estão equidistantes do centro; bola
Contemplando
- do verbo contemplar: olhar atentamente; embevecidamente
Etérea: celestial; transcendental
Maga: feliz
Feroz: perverso;
que nada teme
Amargamente
- do verbo amargar: tornar desagradável; difícil
Serena: tranquila, calma
Análise
do poema Exortação
Figura
de linguagem:
Comparação: Corpo
crivado de sangrentas chagas,
Que atravessas
o mundo soluçando,
Que as
carnes vais ferindo e vais rasgando
[...]
Grande isolado das
terrestres plagas,
Que vives as Esferas
contemplando,
[...]
Metáfora: Este mundo feroz
que te condena
Metonímia: Corpo crivado
de sangrentas chagas,
Que atravessas o mundo soluçando,
[...]
Se é de silêncio
e sombra passageira,
De cinza,
desengano e de poeira
Este mundo feroz
que te condena;
[...]
Perífrase: Corpo crivado de sangrentas
chagas,
Que atravessas o
mundo soluçando,
Que as carnes vais
ferindo e vais rasgando
Do fundo d’Ilusões
velhas e vagas;
Grande isolado das terrestres
plagas,
Que vives as Esferas
contemplando,
Braços erguidos, olhar
no ar, olhando
A etérea chama das Conquistas
magas;
Se é de silêncio e sombra passageira,
De cinza, desengano e
de poeira
Este mundo feroz que te condena;
Embora ansiosamente,
amargamente
Revela tudo o que tu’alma sente,
Para ela então poder
ficar serena!
Características
simbolistas:
Maiúsculas
Alegorizantes: Esferas; Conquistas
Misticismo: Etérea
Interpretação:
Com
o poema Exortação de Cruz e Sousa, compreendi que o corpo posto em questão (o do
próprio autor), vaga pelo mundo entre ilusões e dores , que recebem
característica carnal mas que na verdade é sentida na alma do poeta. Cruz e
Sousa diz ser homem solitário, que vive
admirando o mundo e que por ele é condenado.
O mesmo diz o que sente para aliviar a dor e para que sua alma fique mais
tranquila.
Ajustar o poema quanto a sua forma.
ResponderExcluirAmpliar as caraterísticas simbolistas.
Verificar e explicar as figuras de linguagem.
Você e quem?