sexta-feira, 28 de junho de 2013

Poema Alma Fatigada (Cruz e Sousa – Últimos sonetos)
(Guilherme e Arthur) turma 305

Nem/ dor/mir/ nem/ mor/rer/ na/ fria Eter/ni/da/de!(A)
Mas/ re/pou/sar um/ pou/co e/ re/pou/sar um/ tan/to,(B)
Os /o/lhos /en/xugar/ das/ con/vulsões/ do/ pran/to,(B)
Em/xu/gar e/ sen/tir a/ ide/al /se/re/ni/dade.(A)

A graça do consolo e da tranquilidade(A)
De um céu de carinhoso e perfumado encanto,(B)
Mas sem nenhum carnal e mórbido quebranto,(B)
Sem o tédio senil da vã perpetuidade.(A)

Um sonho lirial d'estrelas desoladas,(C)
Onde as almas febris, exaustas, fatigadas(C)
Possam se recordar e repousar tranquilas!(D)

Um descanso de Amor, de celestes miragens,(E)
Onde eu góze outra luz de místicas paisagens(E)
E nunca mais pressinta o remexer de argilas!(D)

Vocabulário
Pranto: s. m. Choro; lágrimas; queixume; lamentação; tristeza.
Serenidade: s. f.  1. Qualidade ou estado de sereno. 2. [Figurado]  Tranquilidade; calma; sangue-frio; imperturbabilidade.
Carnal: adj. 2 g. 1. Da carne ou a ela relativo. 2. Sensual. 3. Consanguíneo. s. m.
 
4. [Religião católica]  Tempo em que é permitido comer carne.
Mórbido: adj. 1. Relativo a doença.  2. Enfermiço. 3. Doentio.  4. Lânguido.
5. [Belas-artes]  Delicado; suave.
Quebranto: s. m. 1. Feitiço; mau-olhado.  2. Fraqueza, debilidade.
3. [Figurado, Poético]  Prostração; languidez.
Senil: (latim senilis, -e, de senex, senis, velho, idoso) adj. 2 g. 1. Próprio de velho ou da velhice. ≠ JOVEM, NOVO, 2. Velho; idoso. 3. Decrépito. 
4. Cujas capacidades intelectuais foram muito afetadas devido ao avanço da idade.
Perpetuidade: |u-i|  s. f. 1. Qualidade do que é perpétuo. 2. Duração perpétua.
Lirial: adj. Que tem a cor do lírio. Fig. Alvo; puro, inocente.
Místicas: s. f 1. Estudo das coisas divinas ou espirituais. 2. Ideia ou pensamento inspirador.

Analise do poema Alma Fatigada

Figuras de linguagens

Assonâncias
Nem dormir nem morrer na fria Eternidade!
Mas repousar um pouco e repousar um tanto,
Os olhos enxugar das convulsões do pranto,

Enxugar e sentir a ideal serenidade.

Um sonho lirial d'estrelas desoladas,
Onde as almas febris, exaustas, fatigadas
Possam se recordar e repousar tranquilas!
(...)
E nunca mais pressinta o remexer de argilas!

Aliterações
Um sonho lirial d'estrelas desoladas,
Onde as almas febris, exaustas, fatigadas
Possam se recordar e repousar tranquilas!
E nunca mais pressinta o remexer de argilas!

Metáforas:
Queria Cruz e Souza exemplificar uma alma cansada ? como uma alma que seria uma coisa surreal pode ser exemplificada desta maneira?

“Nem dormir nem morrer na fria Eternidade!
Mas repousar um pouco e repousar um tanto,
Os olhos enxugar das convulsões do pranto,
Enxugar e sentir a ideal serenidade.”

-o narrador fala de “dormir” e “morrer” essas colocações simbolizam a mesmo significado supondo q não queira “morrer” e nem “dormir”. já no segundo verso analisamos o “repousar” que no caso ele não queria morrer mas sim só descansar sua “alma fatigada” esgotada pelo passar do tempo alheio mantendo a calma (serenidade) sob toda a tristeza (pranto).

“A graça do consolo e da tranquilidade
De um céu de carinhoso e perfumado encanto,
Mas sem nenhum carnal e mórbido quebranto,
Sem o tédio senil da vã perpetuidade. “

-nesta estrofe esta claro que está sendo analisado o local ideal para a “alma fatigada” que são características de um local onde não há nenhuma forma de vida “carnal” e sim um local calmo.

“Um sonho lirial d'estrelas desoladas
Onde as almas febris, exaustas, fatigadas
Possam se recordar e repousar tranquilas!

Um descanso de Amor, de celestes miragens,
Onde eu goze outra luz de místicas paisagens
E nunca mais pressinta o remexer de argilas!”

-No final do poema ele afirma q se sua  “alma” fosse para o tal local assim “desolado” do mundo atual assim poderia repousar de tudo  com todo o “Amor” de certas “miragens” onde ele poderia desfrutar de toda paisagem deslumbrante e q nunca mais “pressinta” o remexer das “argila” ou seja q nunca mais pressinta o remexer de todo a matéria do mundo.

personificação:

"De um céu de carinhoso e perfumado encanto"
-De um céu carinhoso: lugar surreal tranquilo
-perfumado encanto: sentimento no “ar” de pureza e tranquilidade


Pleonasmo:

"Nem dormir nem morrer na fria Eternidade!"(1ª Estrofe, 1ª Verso)
- nem dormir e nem morrer estão sendo usados com as mesmas ideias

Antítese:

"Mas repousar um pouco e repousar um tanto,"(1ª Estrofe, 2ª Verso)
-repousar um pouco e também repousar bastante (tanto)

Características Simbolistas:

Loucura
:

observa-se que o eu-lirico utiliza bastante as palavras com o significado de tranquilidade como: “serenidade”, “céu carinhoso”, ”um sonho lirial” que jus significa um lugar melhor, ou seja um refugio para as “almas” que se dizem fatigadas do “remexer das argilas”

Misticismos:

A alma em si sem descanso dos acasos da vida, tentando se refugiar em um outro mundo de pura tranquilidade que ressalta bastante a morte.

Religiosidade:

“A graça do consolo e da tranquilidade
De um céu de carinhoso

Maiúsculas alegorizantes:

Amor: retrata o sentimento que seria o ideal no outro plano para sua alma
Eternidade: retrata o tempo que deveria “repousar” sua alma

Espiritualidade:

-A alma que o eu lirico tenta esquivar da febril, e cansativa fadiga

Interpretaçao:

O soneto "Alma Fatigada" ficou marcado por (alma) por ser um termo q significa vida e (fatigada) que seria o cansaço e o esgotamento fisico no caso psicológico que aparenta, nao ter repolso nenhum, com isso ficou  repassada uma ideia individual, que por sua vez satura-se da vida febril, e cansativa  que se diz "alma fatigada" ate entao realça todo o cansativo problema de sua vida que provavelmente cabe quando "repousar" ou melhor "morrer", ate então buscar encontrar um estado espirito melhor e que la seja altamente tranquilo.

Um comentário:


  1. "Queria cruz," arrumar o nome.

    Identifique nos versos o pleonasmo a antítese.

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