sexta-feira, 28 de junho de 2013

O SONETO – (Cruz e Souza – Últimos Sonetos)


Alunas: Tayuana Querino e Julia Garcia – 305

O SONETO – (Cruz e Souza – Últimos Sonetos)

Nas / for / mas / vo / lup / tu / osas / o / So /neto (A)
Tem / fas / ci/ nan / te, / cá / lida / fra / grâ / ncia (B)
E as / le
/ ves, / lan / gues / cur / vas / de ele / gân / cia (B)

De ex / tra / va / gan / te e / mór / bi / do es / que / leto. (A)

A graça nobre e grave do quarteto (A)
Recebe a original intolerância, (B)
Toda a sutil, secreta extravagância (B)
Que transborda terceto por terceto. (A)

E como um singular polichinelo (C)
Ondula, ondeia, curioso e belo, (C)
O Soneto, nas formas caprichosas. (D)

As rimas dão-lhe a púrpura vetusta (E)
E na mais rara procissão augusta (E)
Surge o Sonho das almas dolorosas... (D)

Vocabulário

Cálida: Ardente (2º verso).
Langues: O mesmo que 
elanguescer (3º verso).
Terceto: Estrofe em três versos (8º verso).
Púrpura: Molusco que produz um corante avermelhado (12º verso).
Vetusta: Idoso (12º verso).
Augusta: Digno de respeito e veneração (13º verso).

Figuras de linguagem

Assonância

Nas formas voluptuosas o Soneto
Tem fascinante, cálida fragrância
E as leves, langues curvas de elegância
De extravagante e mórbido esqueleto.

A graça nobre e grave do quarteto

Recebe a original intolerância,
Toda a sutil, secreta extravagância
Que transborda terceto por terceto.

E como um singular polichinelo
Ondula, ondeia, curioso e belo,
O Soneto, nas formas caprichosas.

As rimas dão-lhe a púrpura vetusta
E na mais rara procissão augusta
Surge o Sonho das almas dolorosas...

Antítese

“Extravagante e mórbido”
“Toda a sutil, secreta extravagância”


Metáfora

"O Soneto, nas formas caprichosas"

Sinestesia

"Tem fascinante, cálida fragrância"

Prosopopeia
"Tem fascinante, cálida fragrância"

"E as leves, langues curvas de elegância"
"Toda a sutil, secreta extravagância"

Hipérbole 

"Toda a sutil, secreta extravagância"
"Que transborda terceto por terceto."


Paradoxo

"Toda a sutil, secreta extravagância"

Características simbolistas

Maiúsculas Alegorizantes

Maiúscula alegorizante é uma das características da escola do estilo literário simbolísmo e correspondem à utilização de letras maiúsculas no meio do texto sem que haja alguma rezão gramatical para seu uso. São usadas apenas para enfatizar as palavras como o Soneto ( no 1º e 11º verso) e Sonho (no 14º verso).

Religiosidade

"E na mais rara procissãaugusta"

Morte

"Surge o Sonho das almas dolorosas..."

Interpretação

Após a primeira leitura, o que nos chama a atenção, de imediato, é a metalinguagem, ou seja, o poeta faz um soneto para falar sobre o soneto. Percebemos que o soneto trabalha com a questão da forma (“sutil, secreta extravagância”), sons e rimas (último parágrafo). 

2 comentários:

  1. Você e quem?

    Métrica poética. Metáfora, sinestesia, prosopopeia, hipérbole, paradoxo.

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  2. Ampliar características simbolistas.

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