Ó/
mun/do/, que és/ o e/xí/li/o/ dos/ exí/lios, (A)
um/ mon/tu/ro/ de/ fe/zes/ pu/tre/fa/to, (B)
on/de o/ ser/ mais/ gen/til/, mais/ ti/mo/ra/to (B)
dos/ se/res/ vis/ cir/cu/la/ nos/ con/cí/lios; (A)
um/ mon/tu/ro/ de/ fe/zes/ pu/tre/fa/to, (B)
on/de o/ ser/ mais/ gen/til/, mais/ ti/mo/ra/to (B)
dos/ se/res/ vis/ cir/cu/la/ nos/ con/cí/lios; (A)
On/de/ de
al/mas/ em/ pá/li/dos/ i/dí/lios (A)
o/ lân/gui/do/ per/fu/me/ mais/ in/gra/to (B)
ma/go/a/ tu/do e é/ tris/te/ co/mo o/ ta/to (B)
de um/ ce/go em/bal/de/ le/van/tan/do os/ cí/lios; (A)
o/ lân/gui/do/ per/fu/me/ mais/ in/gra/to (B)
ma/go/a/ tu/do e é/ tris/te/ co/mo o/ ta/to (B)
de um/ ce/go em/bal/de/ le/van/tan/do os/ cí/lios; (A)
Mun/do/
de/ pes/te/, de/ san/gren/ta/ fú/ria (C)
e/ de/ flo/res/ le/pro/sas/ da/ lu/xú/ria, (C)
de/ flo/res/ ne/gras/, in/fer/nais/, me/do/nhas; (D)
e/ de/ flo/res/ le/pro/sas/ da/ lu/xú/ria, (C)
de/ flo/res/ ne/gras/, in/fer/nais/, me/do/nhas; (D)
Oh!/
co/mo/ são/ si/nis/tra/men/te/ fe/ios (E)
teus/ as/pec/tos/ de/ fe/ra, os/ teus/ me/ne/ios (E)
pan/té/ri/cos/, ó/ Mun/do/, que/ não/ so/nhas! (D)
teus/ as/pec/tos/ de/ fe/ra, os/ teus/ me/ne/ios (E)
pan/té/ri/cos/, ó/ Mun/do/, que/ não/ so/nhas! (D)
Vocabulário
exílio - s.m. Expulsão de alguém de sua
pátria; desterro, degredo, expatriação. / Fig. Solidão, lugar triste, sem
alegrias. / Religião Fig. A vida terrena, em oposição ao céu.
monturo - s.m. Grande quantidade de
lixo, de imundícies, de esterco. / Lugar onde são jogadas essas dejeções. /
Fig. Montão, acervo de coisas repugnantes.
putrefato - adj. Que se acha em
putrefação; podre.
timorato - adj. Que não assume
atitudes por medo ou excesso de escrúpulos; tímido; medroso.
idílio - s.m. Tipo de poema campestre que
se desenvolveu entre os antigos gregos. (Sin.: écloga, pastoral.) / Fig. Sonho,
fantasia, devaneio.
lânguido - adj. Abatido, debilitado,
langoroso: criança lânguida. Voluptuoso. Mórbido. Mole, frouxo.
embalde - adv (em+(de)balde) V debalde.
leprosas - adj. e s.m. Que ou aquele que tem
lepra; morfético, hanseniano, lázaro. Fig. Nojento, repulsivo, repugnante;
vicioso, vil.
meneios - s.m. Ação de menear; meneamento;
movimento do corpo ou de parte dele. Gesto, aceno. Fig. Ardil,
astúcia.
pantéricos - Relativo a, ou próprio de
pantera.
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ANÁLISE DO POEMA CONDENAÇÃO FATAL
Figuras de linguagem
Assonâncias
Ó mundo, que és o exílio dos
exílios,
[...]
[...]
Onde de
almas em pálidos idílios
o lânguido perfume mais ingrato
magoa tudo e é triste como o tato
de um cego embalde levantando os cílios;
o lânguido perfume mais ingrato
magoa tudo e é triste como o tato
de um cego embalde levantando os cílios;
Mundo de
peste, de sangrenta fúria
e de flores leprosas da luxúria,
de flores negras, infernais, medonhas;
e de flores leprosas da luxúria,
de flores negras, infernais, medonhas;
Aliterações
[...] dos seres vis circula
nos concílios;
Onde de
almas em pálidos idílios
[...] de um cego embalde levantando os cílios;
[...] de um cego embalde levantando os cílios;
Mundo de
peste, de sangrenta fúria
e de flores leprosas da luxúria,
de flores negras, infernais, medonhas;
e de flores leprosas da luxúria,
de flores negras, infernais, medonhas;
Oh! como
são sinistramente
feios
teus aspectos de fera, os teus meneios
pantéricos, ó Mundo, que não sonhas!
teus aspectos de fera, os teus meneios
pantéricos, ó Mundo, que não sonhas!
Metáfora: emprego de palavras fora do seu sentido normal, por
analogia. É um tipo de comparação implícita, sem termo comparativo.
“[...] Ó mundo, que és o exílio dos exílios,
Um monturo de fezes putrefato, [...]”
Hipérbole: exagero de uma ideia com finalidade expressiva.
“[...] Mundo de peste, de sangrenta fúria [...]”
Sinestesia: interpretação sensorial, fundindo-se dois
sentidos ou mais (olfato, visão, audição, gustação e tato).
“[...] o lânguido perfume mais ingrato
magoa tudo e é triste como o tato
de um cego embalde levantando os cílios; [...]”
Apóstrofe: consiste em interromper a narração para
dirigir a palavra a pessoas ausentes ou ao leitor. Sintaticamente, a apóstrofe
exerce a função de vocativo dentro de uma sentença.
“Ó mundo, que és o exílio dos exílios, [...]”
“[...] pantéricos, ó Mundo, que não sonhas! [...]”
Ironia: utilização de termo com sentido oposto ao original,
obtendo-se, assim, valor irônico.
“[...] onde o ser mais gentil, mais timorato
dos seres vis circula nos concílios; [...]”
Prosopopeia, personificação: é a atribuição de
qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados.
“[...] e de flores leprosas da luxúria,
de flores negras, infernais, medonhas; [...]”
Características simbolistas
Loucura: durante todo o poema existe
o constante desespero e desprezo do eu lírico em relação as coisas do mundo,
relata a solidão (exílio), o abatimento (lânguido), a mágoa, as pessoas inúteis
(vis), a tristeza e também a fúria. Tudo isso remete a uma possível depressão,
talvez uma raiva liberada por atos que ele sofreu, e agora ele culpa o mundo
por isso. Esse conjunto de interpretações sugere, seja depressão, seja raiva,
seja ambos, um tipo de loucura.
Branco: "pálidos
idílios".
Maiúscula alegorizante: Palavra "Mundo", no último verso.
Religiosidade: primeiramente na palavra “concílios” e depois está presente como forma de satanismo, em "infernais".
Maiúscula alegorizante: Palavra "Mundo", no último verso.
Religiosidade: primeiramente na palavra “concílios” e depois está presente como forma de satanismo, em "infernais".
Negro: “flores negras, infernais, medonhas".
Interpretação
Pode-se entender que
o autor enoja o mundo e tudo que está nele, pois existe somente tristeza,
solidão e mágoa. Tudo que há de bom se torna ruim num mundo podre, com pessoas
inúteis (vis) e abatidas. Até mesmo flores, que por natureza são delicadas,
viram "negras, infernais, medonhas". Como o próprio título sugere o
“mundo” se torna uma condenação inevitável, mesmo que optássemos por não viver
desta forma, não haveria opção.
Alunas: Ana Paula Adriano e Kamila Vieira
Turma: 311
Muito bom , tente arrumar a fonte do vocabulário.
ResponderExcluirFeito prof! :)
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