sexta-feira, 28 de junho de 2013


Alunas: Barbara Jacques e Izabela Lima
Turma: 310

Domus Aurea

 De/ bom/ a/mor/ e/ de/ bom/ fo/go/ cla/ro (A)
 U/ma/ ca/sa/ fe/liz/ se a/ca/ri/ci/a...(B)
 Bas/ta-/lhe/ luz e/ bas/ta-/lhe/ har/mo/ni/a(B)
 Pa/ra/ ela/ não/ fi/ca/r ao/ de/sam/pa/ro.(A)

O Sentimento, quando é nobre e raro,(A)
Veste tudo de cândida poesia...(B)
 Um bem celestial dele irradia..(B)
 Um doce bem, que não é parco e avaro.(A)

Um doce bem que se derrama em tudo, (C)
Um segredo imortal, risonho e mudo, (C)
Que nos leva debaixo da sua asa.(D)

E os nossos olhos ficam rasos d’água (E)
 Quando, rebentos de uma oculta mágoa,(E)
 São nossos filhos todo o céu da casa.(D)

Vocabulário:

Desamparo: (des+amparo) sm 1 ação ou efeito de desamparar. 2 falta de auxílio ou proteção. 3 falta de meios. Ao desamparo: sem auxílio, sem proteção.
Parco: (lat parcu) adj 1 moderado nos gastos; econômico. 2 escasso: Ele tem parcos recursos. Sup abs sint: parcíssimo.
Avaro: (lat avaru) adj 1 que tem avareza. 2 mesquinho, sovina.* sm 1 individuo apegado demais ao dinheiro. 2 pop sovina, pão-duro, muquirana, fominha. Sin: avarento. Anton: generoso prodigo.
 Rasos: (lat rasu) adj 1 de superfície plana; sem relevos. 2 cortado rente. 3 sem graduação militar (soldado). 4 pouco profundo.
Rebentos: (de rebentar) sm 1 bot broto dos vegetais; renovo. 2 produto, fruto. 3 pop filho, descendente.

Figuras de Linguagem:

Prosopopeia:
“Uma casa feliz se acaricia...”(...) Acariciar é uma ação humano que no caso está sendo atribuída a um ser inanimado (casa).
“Veste tudo de cândida poesia..”(..) como no caso acima vestir é ação humana que está atribuída a um ser inanimado.
“Um segredo imortal, risonho e mudo”(...) risonho e mudo são características humanas que estão sendo atribuídas a um ser inanimado portanto temos uma prosopopeia.
Metáfora:
“São nossos filhos todo o céu da casa”(...) a uma comparação oculta na frase, no caso o céu da casa são comparados com os filhos.

Características simbolistas:

Espiritualidade: “De bom amor e de bom fogo claro” (...)
Branco: “Basta-lhe luz e basta-lhe harmonia”(...)
Religiosidade: “veste tudo de cândida poesia...Um bem celestial dele irradia”(...)
Misticismo: “ Um segredo imortal, risonho e mudo, Que nos leva debaixo da sua asa” (...) 

Interpretação:

Neste poema Cruz e Sousa demostra muita religiosidade e a importância de estar em paz com o mundo externo. A obra, com o uso do branco e sentimentos nobres, transmite uma sensação agradável ao leitor e o segredo torna tudo ainda mais místico.


Um comentário:

  1. Muito bom. Há sinestesia na terceira estrofe, como também, outras metáforas no soneto.

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