Analisado
por Bruno S. Walter & Fábia M. Sarmento
Turma : 310
1 Es /pí /ri /to /imor /tal /que /me /fe /cun /das (A)
2 Com /a /cha /ma /dos /vi /ris /en /tu /si /as /mos, (B)
3 Que /trans /for /mas /em /glá /dios/os /sar /cas /mos (B)
4 Pa /ra /pu /nir /as /mul /ti /dões /pro /fun /das! (A)
2 Com /a /cha /ma /dos /vi /ris /en /tu /si /as /mos, (B)
3 Que /trans /for /mas /em /glá /dios/os /sar /cas /mos (B)
4 Pa /ra /pu /nir /as /mul /ti /dões /pro /fun /das! (A)
5 Ó alma que transbordas, que me
inundas (A)
6 De brilhos, de ecos, de emoções, de pasmos, (B)
7 E fazes acordar de atros marasmos (B)
8 Minh' alma, em tédios por charnecas fundas. (A)
6 De brilhos, de ecos, de emoções, de pasmos, (B)
7 E fazes acordar de atros marasmos (B)
8 Minh' alma, em tédios por charnecas fundas. (A)
9 Força genial e sacrossanta e
augusta, (C)
10 Divino Alerta para o
Esquecimento, (D)
11 Voz companheira, carinhosa e justa (C)
11 Voz companheira, carinhosa e justa (C)
12 Tens minha Mão, num doce movimento, (D)
13 Sobre essa Mão angélica e
robusta, (C)
14 Espírito imortal do Sentimento. (D)
14 Espírito imortal do Sentimento. (D)
No poema de
Cruz e Sousa, Últimos Sonetos, encontramos o poema escolhido
para esta análise, Espírito Imortal.
Este poema é
caraterizado pela métrica de um soneto, contendo catorze (14) versos, sendo
eles dois quartetos e dois tercetos.
Os versos
são decassílabos, dez sílabas poéticas.
As rimas
seguem o esquema de ABBA (nos quartetos), CDC (no primeiro terceto) e DCD (no
último terceto do soneto)
Poema este
que tendo uma forma marcante e um vocabulário bem culto, além de ser simbolista
é também parnasiano.
Cruz e Sousa
tendo suas fortes características,deixou neste soneto palavras obscuras,
tristes, fortes e nebulosas que nos lembram facilmente um abismo profundo e
tenebroso, como podemos observar nos versos
4 e 8, esta é uma de suas
características, a obsessão pelo nebuloso. Cruz e Sousa ainda neste mesmo
soneto nos deixa outra de suas características marcantes que é a religiosidade,
pois na interpretação do soneto podemos relacionar que ele esta se referindo à
alma do ser humano.
Neste soneto, temos figuras de linguagem como a metáfora, presente em
quase todo o poema, mas podemos citar como maior exemplo a primeira estrofe:
"Espírito imortal que me fecundas
Com a chama dos viris entusiasmos
Que transformas em gládios os sarcasmos
Para punir as multidões profundas!"
O espírito que fecunda, que renascer ou faz renascer o novo espirito, que dos sofrimentos, tubulações, zombarias e preconceitos, se torna mais forte, mais frio diante de tais situações.
Também temos mais uma figura de linguagem bem explicita que é a assonância, que consiste em repetir o som das vogais em um verso ou em uma frase, especialmente em sílabas tônicas como podemos observar neste trecho do soneto:
"Espírito imortal que me fecundas
Com a chama dos viris entusiasmos
Que transformas em gládios os sarcasmos
Para punir as multidões profundas!"
O espírito que fecunda, que renascer ou faz renascer o novo espirito, que dos sofrimentos, tubulações, zombarias e preconceitos, se torna mais forte, mais frio diante de tais situações.
Também temos mais uma figura de linguagem bem explicita que é a assonância, que consiste em repetir o som das vogais em um verso ou em uma frase, especialmente em sílabas tônicas como podemos observar neste trecho do soneto:
“ Espírito imortal que me fecundas
Com a
chama dos viris entusiasmos,
Que transformas em gládios os sarcasmos
Para punir as multidões profundas!”
Onde neste exemplo, temos
quatro vogais destacadas em cada verso da estrofe, que apresentam assonância
como destacado em negrito acima.
Ainda neste contexto,
temos também outra figura de linguagem no verso 7 da segunda estrofe :
“De brilhos, de ecos, de emoções, de pasmos”
A figura de
linguagem que temos aqui é a Polissíndeto, que consistem em repetir conectivos.
No soneto há ainda duas figuras de linguagem que são a sinestesia, pleonasmo, antítese e prosopopeia.
A sinestesia que consiste em agrupar e reunir sensações originárias de diferentes órgãos do sentido: visão, tato, olfato, paladar e audição; está presente em toda a segunda estrofe:
"Ó alma que transbordas, que me inundas
De brilhos, de ecos, de emoções, de pasmos,
E fazes acordar de atros marasmos
Minh' alma, em tédios por charnecas fundas. "
A prosopopeia que consiste em atribuir vida e sentimentos humanos às coisas inanimadas e fazer falar a ausentes e mortos; está presente no verso "11" do soneto encontrado na terceira estrofe do soneto:
" Voz companheira, carinhosa e justa"
O pleonasmo que consiste em repetição da própria palavra ou da ideia contida nela. A palavra pleonasmo tem origem no latim "pleonasmo" e significa redundância.
" Força genial e sacrossanta e augusta,"
A antítese, que é oposição de ideias ou até mesmo palavras opostas como preto e branco, está presente no verso "13" :
"Sobre essa Mão angélica e robusta,"
Onde angélica é mais delicado e de certa forma robusto é mais compacto.
No soneto há ainda duas figuras de linguagem que são a sinestesia, pleonasmo, antítese e prosopopeia.
A sinestesia que consiste em agrupar e reunir sensações originárias de diferentes órgãos do sentido: visão, tato, olfato, paladar e audição; está presente em toda a segunda estrofe:
"Ó alma que transbordas, que me inundas
De brilhos, de ecos, de emoções, de pasmos,
E fazes acordar de atros marasmos
Minh' alma, em tédios por charnecas fundas. "
A prosopopeia que consiste em atribuir vida e sentimentos humanos às coisas inanimadas e fazer falar a ausentes e mortos; está presente no verso "11" do soneto encontrado na terceira estrofe do soneto:
" Voz companheira, carinhosa e justa"
O pleonasmo que consiste em repetição da própria palavra ou da ideia contida nela. A palavra pleonasmo tem origem no latim "pleonasmo" e significa redundância.
" Força genial e sacrossanta e augusta,"
A antítese, que é oposição de ideias ou até mesmo palavras opostas como preto e branco, está presente no verso "13" :
"Sobre essa Mão angélica e robusta,"
Onde angélica é mais delicado e de certa forma robusto é mais compacto.
Interpretando
o soneto, podemos observar que Cruz e Sousa esta falando de alguns estados da
alma, algumas dores, algumas conquistas, que vão transformando a mesma. Tal
alma, fortalece tal sentimento que se torna um espírito imortal que vive dentro
de nós.
Vocabulário
:
Imortal : que não morre, eterno.
Fecundar : fertilizar, gerar, tomar capaz
para a procriação.
Viris : diz-se da idade que vai da
adolescência à velhice.
Gládios : força, poder.
Marasmo : fraqueza e magreza excessiva.
Charnecas : estilo árido e monótono.
Sacrossanta : sagrado e santo, inviolável.
Augusta : Digno de respeito, solene,
imponente, venerável.
Atro : negro, funesto, escuro.
No poema de Cruz e Sousa do livro Broquéis, Últimos Sonetos. Afinal qual é o livro?
ResponderExcluirQuais são as metáforas? Explique-as.
Na segunda estrofe há sinestesia.
Há prosopopeia.