Luz da Natureza - Gabriela Gonçalves e Vanessa Helário

Luz/ que eu/ a/do/ro/ gran/de/ luz/ que eu a/mo (A)

Mo/vi/men/to/ vi/tal/ da/ na/tu/re/za (B)

En/si/na/-me os/ se/gre/dos/ da/ Be/le/za (B)

E/ de/ to/das/ as/ vo/zes/ por/ quem/ cha/mo/ (A)

Mostra-me a Raça, o peregrino Ramo (A)
Dos Fortes e dos Justos da Grandeza, (B)
Ilumina e suaviza esta rudeza (B)
Da vida humana, onde combato e clamo. (A)

Desta minh'alma a solidão de prantos (A)
Cerca com os teus leões de brava crença, (B)
Defende com os teus gládios sacrossantos. (A)

Dá-me enlevos, deslumbra-me, da imensa (B)
Porta esferal, dos constelados mantos (A)
Onde a Fé do meu Sonho se condensa! (B)


                    Vocabulário


Gládios - Era a espada utilizada pelas legiões romanas. Era uma espada curta, de dois gumes, de mais ou menos 60 cm, mais larga na extremidade. Era muito mais uma arma de perfuração do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um punhal, ou uma adaga, no combate corpo-a-corpo. Diz-se que era capaz de perfurar a maior parte da armadura;

Enlevos - Estados de espírito provocado por pessoa ou coisa que maravilha ou encanta;

Peregrino - buscador. Aquele que percorre um caminho de busca por algo espiritual;

Sacrossantos - Duplamente santo.

                    Características simbolistas

 “Luz “- característica (branco, verso1);

“ Ilumina “- característica (religiosidade, branco, verso7);

“ Minh ‘alma “- característica (religiosidade, verso9);

“ crença “- características (religiosidade, verso10);

“ sacrossantos “- característica (religiosidade, verso11);

“ constelados mantos “- característica (noite, verso13);

“ Fé “- característica (religiosidade, verso14).


                    Figuras de linguagem

*Aliteração - (todos os versos);

*Prosopopeia - (verso2)” Movimento vital da natureza “;

*Eufemismo - (verso4)” e de todas as vozes por quem chamo “;

*Metáfora - (verso10)” cerca com teus leões de brava crença “;

*Eufemismo - (verso11)” defende com os teus gládios sacrossantos “;

*Prosopopeia - (verso14)” onde a fé do meu sonho se condensa”.

                    Interpretação

 O poema exalta o amor à natureza, e sua beleza natural, e também a religiosidade. Demonstra uma leve angústia e solidão que é causada pelo ser humano e seu cotidiano enfurecido. No poema ele busca na natureza e crença a salvação e proteção, além de bravura. Contudo alivia-se com a beleza da natureza, que lhe proporciona momentos de paz.

                    Maiúsculas alegorizantes

 “Luz” (verso 1);

 “Natureza” (verso 2);

 “Beleza” (verso 3);

 “Raça” (verso 5);

 “Fortes” (verso 6);

 “Justos” (verso 6);

 “Grandeza” (verso 6);

 “Fé” (verso 14);

 “Sonho” (verso 14).