Nomes: Luiz Ricardo e Douglas Cristian
Turma: 311
IMORTAL FALERNO (Cruz e Sousa – Últimos sonetos)
Quan/do/ as/ Es/fe/ras/ da/ I/lu/sã/o/ trans/po/nho (A)
Ve/jo/ sem/pre/ tu'al/ma/ - es/sa/ ga/le/ra (B)
Fei/ta/ das/ ro/sas/ bran/cas/ da/ Qui/me/ra, (B)
Sem/pre/ a/ va/gar/ no/ es/tra/nho/ mar/ do/ So/nho. (A)
Nem aspecto nublado nem tristonho! (A)
Sempre uma doce e constelada Esfera, (B)
Sempre uma voz clamando: - espera, espera, (B)
Lá do fundo de um céu sempre risonho. (A)
Sempre uma voz dos Ermos, das Distâncias! (C)
Sempre as longínquas, mágicas fragrâncias (C)
De uma voz imortal, divina, pura... (D)
E tua boca, Sonhador eterno, (E)
Sempre sequiosa desse azul falerno (E)
Da Esperança do céu que te procura! (D)
Vocabulário:
-Quimera:
1. [Mitologia] Ser mitológico geralmente representado com um corpo híbrido entre leão, cabra e serpente ou dragão.
2. Coisa resultante da imaginação. = FABULAÇÃO, FANTASIA, ILUSÃO ≠ REALIDADE
3. Conjunto heterogéneo que resulta da combinação de elementos diferentes.
4. Esperança irrealizável. = UTOPIA
5. [Ictiologia] Peixe condropterígio.
-Ermo:
1. Lugar despovoado e solitário.
2. [Figurado] Retiro, solidão.
adj.3. Despovoado, afastado, isolado, retirado.
4.Desacompanhado, solitário.
-Sequioso:
1. Sedento, ávido de água.
2. Seco em extremo, falto de água.
3. [Figurado] Sedento; ávido; muito desejoso.
-Falerno:
1. Antigo vinho das vizinhanças de Falerno, na Campânia.
2. [Por extensão] Vinho bom, generoso.
-Galera:
1. Navio mercante de dois ou três mastros a remos e a vela.
2. Designação genérica das embarcações mercantes de três mastros, armados à redonda.
3. [Brasil] Veículo sem tração própria, cuja parte da frente assenta no veículo com tração, geralmente um caminhão ou um trator, e usado para transporte de carga.
4. Carro para transportes de bombeiros em serviço de incêndios.
5. Forno para fundição.
6. [Brasil] [Esporte] Conjunto dos indivíduos que, em um evento esportivo, torcem por uma equipe ou por um participante (ex.: o treino decorreu a portas fechadas, longe da galera). = TORCIDA
7. [Brasil] Conjunto de pessoas que geralmente mantêm uma convivência próxima, seja por laços de amizade, familiares ou profissionais (ex.: e aí, galera, tudo legal?). = PESSOAL
ANÁLISE DO POEMA IMORTAL FALERNO:
Figuras de linguagem:
Assonâncias:
Quando as Esferas da Ilusão transponho
Vejo sempre tu'alma - essa galera
Feita das rosas brancas da Quimera,
Sempre a vagar no estranho mar do Sonho.
Nem aspecto nublado nem tristonho!
Sempre uma doce e constelada Esfera,
Sempre uma voz clamando: - espera, espera,
Lá do fundo de um céu sempre risonho.
Sempre uma voz dos Ermos, das Distâncias!
Sempre as longínquas, mágicas fragrâncias
[...]
E tua boca, Sonhador eterno,
Sempre sequiosa desse azul falerno
Da Esperança do céu que te procura!
Aliterações:
Quando as Esferas da Ilusão transponho
[...]
Sempre a vagar no estranho mar do Sonho.
Nem aspecto nublado nem tristonho!
Sempre uma doce e constelada Esfera,
Sempre uma voz clamando: - espera, espera,
Lá do fundo de um céu sempre risonho.
Sempre uma voz dos Ermos, das Distâncias!
Sempre as longínquas, mágicas fragrâncias
[...]
E tua boca, Sonhador eterno,
Sempre sequiosa desse azul falerno
[...]
Hipérbole e metáfora: "mar
do Sonho" - É uma metáfora pois não se pode existir um mar feito de
sonho. E é uma hipérbole por tratar seus sonhos como algo muito grande,
algo como um mar ou oceano.
Sinestesia: "doce e constelada
Esfera" - Mistura o paladar com a visão, pois identificamos as estrelas
na esfera celeste através dos olhos.
Personificação: "céu sempre risonho." - Um céu não pode sorrir, quem ri são as pessoas.
Metáfora: "mágicas fragrâncias" - Não podem existir cheiros (fragrâncias) mágicos.
Características simbolistas:
Loucura - Através da palavra ilusão, no 1º verso.
Branco - "rosas brancas da Quimera".
Religiosidade - "voz imortal, divina, pura..."
Maiúsculas
alegorizantes - Encontra-se nas palavras "Esferas", "Ilusão", "Sonho",
"Ermos", "Distâncias", "Sonhador" e "Esperança".
Interpretação:
No
poema predomina um sonho ou imaginação do autor, como é referido no 1º
verso com a palavra 'ilusão'. Ele considera seu sonho algo bom, capaz de
lhe alegrar. Provavelmente fala sobre vinho, já que falerno refere-se a
um bom vinho, e ele sugere isso quando fala da "doce e constelada
Esfera", uma metáfora que pode se referir ao sabor do vinho (doce), também
quando fala das fragrâncias, pode estar se referindo ao cheiro
característico do vinho, e também na última estrofe quando diz: "E tua
boca, Sonhador eterno, Sempre sequiosa desse azul falerno", pode estar
demonstrando sua sede ou a sede de outra pessoa pelo vinho.
A Antítese está inadequada, pois nesse contexto galera adquire outro significado, verifique o verbete no dicionário.
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