sexta-feira, 28 de junho de 2013

Perante a Morte ( últimos sonetos- Cruz e Souza ) > Daniel O. Barcelos, Lucas E. Buscaratto 306

Perante a Morte

Pe/ran/te a/ Mor/te em/pa/li/de/ce e/ tre/me,  A
Tre/me/ pe/ran/te a Mor/te/, em/pa/li/de/ce.  B
Co/ro/a/-te /de/ lá/gri/mas/, es/que/ce  B   - Metáfora
O/ Mal /cru/el /que/ nos/ a/bis/mos/ ge/me.  A   - Metáfora

Ah! longe o Inferno que flameja e freme,  A
Longe a Paixão que só no horror florece...  B
A alma precisa de silêncio e prece,  B
Pois na prece e silêncio nada teme.  A

Silêncio e prece no fatal segredo,  C
Perante o pasmo do sombrio medo  C
Da morte e os seus aspectos reverentes...  D

Silêncio para o desespero insano,  E
O furor gigantesco e sobre-humano,  E   -Hipérbole
A dor sinistra de ranger os dentes!  F   -Hipérbole


Vocabulário:
Freme 
Furor > Agitação violenta de ânimo, manifestada por gestos e palavras; fúria; ira exaltada.
Branca: dentes, empalidece
Erotismo: paixão
Noite: sombrio
Morte: morte, dor, fatal
Religiosidade: alma
Maiúsculas: Morte, Inferno, Paixão, Mal


Resumo: O poema aborta sobra a morte, como irá ser a nossa vida no inferno, que não haverá sentimento algum, e que a alma precisa de silêncio no meio de tanto medo e escuridão.

Um comentário:

  1. Verificar as figuras de linguagem.Há sinestesia. Características simbolistas.

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